Leitura espiritual e comunitária da Regra de São Bento na perspectiva da mansidão

São Bento, que é radical na exigência de um despojamento absoluto de todas as coisas, mesmo do próprio corpo e da própria vontade, encontra aqui uma discípula fidelíssima que, com mão experiente e vigorosa, não se cansa de guiar e estimular a alma uma luta implacável contra todas as formas reincidentes de egoísmo, orgulho, instinto de posse e domínio sobre os outros. É a via árdua e custosa, mas indispensável para alcançar a preciosa "bem aventurança" dos mansos, isto é, daqueles verdadeiramente libertos de si mesmos porque capazes de se entregar totalmente desarmados ao único amor ciumento indiviso de Deus...

O ensinamento encontra "o interior" de toda autêntica experiência espiritual a tal profundidade que interessa não apenas aos monges e monjas, mas também aos religiosos e religiosas, especialmente os dedicados à formação, diretores espirituais, sacerdotes e leigos que têm um sério empenho de vida interior... São Paulo já dizia que pedagogos, podemos encontrá-los em grande número por toda parte; mas são raros, porém, os mestres de vida, melhor ainda, os pais capazes de gerar no espírito. O leitor que confrontar essas páginas não por curiosidade ou diletantismo, mas como alguém que verdadeiramente "busca a Deus", se sentirá logo confiado a uma sábia mestra, uma mãe que fala da vida e gera vida.

Dom Pelagio Visentin, OSB

Monge de Praglia

528 páginas. 16x23cm

Autora: Anna Maria Cànopi, OSB.

A abadessa Cànopi tornou-se amplamente conhecida como autora de vários livros sobre espiritualidade bíblica e monástica e foi considerada uma estudiosa proeminente na literatura patrística. Ela contribuiu para a publicação da tradução oficial da Bíblia pela Conferência Episcopal Italiana. Ela também foi convidada a escrever o texto da Via Crucis usada pelo Papa João Paulo II na noite da Sexta-feira Santa no Coliseu de Roma em 1993.